Quando nos identificamos com algo, temos a tendência de reproduzir. Nisto existe uma rica possibilidade, pois temos dentro da gente as raízes do que gostamo犀利士
s no externo. E estudar aquilo que nos atrai é nos aprofundar em nós mesmos. E já sabemos da importância do autoconhecimento!

A dança apaixona muitos que a experimentam. E muitas pessoas seguem praticando sem se aprofundar e perceber a razão dessa paixão. Há uma libertação na hora de dançar, despertamos os nossos sentidos para o som, o chão, o corpo, o presente. E necessitamos desse estado de presença para o nosso bem-estar. Há uma razão para explorar a nossa sensualidade* na hora de dançar, e necessitamos extrair o melhor da gente na vida, sentir e experimentar a nossa essência, perceber como ela é única e não depende de nenhum padrão para brilhar.

Quando praticamos a dança, nos encontramos com as nossas limitações. E há uma razão na existência daquilo que nos é difícil, aprender a ultrapassar isso é evoluir. Às vezes temos uma limitação física, entendê-la e aceitá-la irá trazer beleza a ela que antes estava apenas oprimida. Outras vezes o que nos impede de alcançar o resultado que almejamos, é uma limitação interna: talvez estejamos nos segurando na hora de nos soltar, talvez não conseguimos vivenciar nosso estado mais gracioso, talvez temos medo de sentir prazer, de ser a gente mesmo. Aí então, detectamos um sofrimento interno, algo que sutilmente está ligado a todo o nosso dia a dia.

Aos poucos vamos nos descobrindo, e quando estamos dispostos a nos entender vamos caminhando de encontro ao nosso melhor. Nossa melhor performance, nosso melhor estado de espírito, nossa melhor relação com o próximo, nosso melhor silêncio.

*Aquilo que é relacionado aos sentidos, ao charme de cada um, à autenticidade e à qualidade de sentimento.

Texto: Amanda Ew