Dançar é uma delícia! Sua prática desenvolve a flexibilidade, melhora o alongamento, a postura, a coordenação motora, a força muscular e o condicionamento físico, estimula uma boa circulação sanguínea, aumenta a capacidade respiratória e, muitas vezes, desaparecem a dor de cabeça, a dor nas costas e as contraturas – benefícios maravilhosos para o corpo.

E a alma da mulher que dança? Os ganhos vão muito além do físico: resgata a feminilidade e a auto-estima, faz aflorar o charme e elegância adormecidos, traz a (re)descoberta do corpo em suas praticantes.

A dança é universal: qualquer mulher pode (e deve!) dançar, independente do biótipo e/ou idade.

No ensino de danças étnicas, como a dança árabe (também chamada “dança do ventre”), tribal (um estilo de dança oriental contemporânea) e cigana, percebe-se que tanto a menina de 15 anos, quanto a mulher de 80 anos, apresenta profundas modificações na auto-imagem: muda seu olhar e faz as pazes com o espelho. A técnica pode até não ser perfeita, mas a dança conta a história dessa mulher, na medida em que, verdadeiramente, se entrega ao movimento, ao sentir a música. É um processo gradual, e duradouro, de autorespeito: ao seu corpo como ele é, à sua beleza real, longe dos estereótipos das revistas e do que a sociedade julga ser bonito.

Também é importante ressaltar o aspecto social da dança: a troca e o convívio com outras meninas-mulheres de sua idade, em momentos de vida parecidos com o seu, proporciona a aceitação e o respeito ao seu ritmo interno e ao ritmo da outra. Um lindo exemplo é o das turmas de dança árabe para gestantes e para mamãe-bebê: as mulheres relatam que encontram a calma, a informação, o carinho e o amor tão necessários nessa nova fase da vida.

Permitindo-se ir além da técnica – que é importantíssima, e deve ser muito estudada, pois não há bailarina sem técnica – em busca de um movimento que tem sentimento, que tem intenção, que tem expressão, que pode curar, podemos pensar em uma dança terapêutica, onde a prática torna-se um exercício, uma libertação e uma diversão, tudo ao mesmo tempo!

Permita-se dançar! Traga seu coração para a ponta dos dedos, e sinta essa energia!

Beijos,

Lucy Linck